Cuidar dos jovens é cuidar do futuro: a saúde mental das crianças e adolescentes

No Dia Internacional da Saúde Mental, destacamos a importância de proteger e promover a saúde mental das crianças e adolescentes — cujas vidas atravessam transições emocionais, sociais e escolares intensas.
Os anos da infância e adolescência são decisivos para o bem-estar emocional, o desenvolvimento social e o equilíbrio psicológico na idade adulta. Apoiar os jovens nestas etapas é investir numa sociedade mais saudável e resiliente.

Por que a saúde mental infantil e juvenil exige atenção especial?

Crianças e adolescentes enfrentam múltiplos desafios: exigências escolares, redes sociais, mudanças familiares, identidade e pressão dos pares.
Segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), os primeiros sinais de perturbações emocionais surgem frequentemente nesta fase — mas muitas vezes são desvalorizados como “fases de crescimento”. A intervenção precoce é essencial para evitar que problemas temporários se tornem dificuldades persistentes.

Causas e fatores de risco

De acordo com a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), os principais fatores de risco incluem:

  • Situações de stress ou trauma – violência, separação dos pais, perdas familiares
  • Ambiente familiar instável ou pouco afetuoso
  • Pressão escolar ou social, incluindo bullying e exposição excessiva às redes sociais
  • Fatores biológicos e genéticos, como antecedentes familiares de ansiedade ou depressão
  • Falta de apoio emocional e escassa literacia em saúde mental.

O uso problemático das redes sociais e a falta de sono estão entre os maiores desafios atuais à saúde mental dos adolescentes.

Sinais de alerta: o que pais e professores devem observar

Reconhecer os sinais é o primeiro passo para ajudar:

  • Tristeza, irritabilidade ou ansiedade persistentes;
  • Isolamento social e perda de interesse nas atividades de que gostava;
  • Alterações no sono, apetite ou rendimento escolar;
  • Queixas físicas sem causa aparente (dores de cabeça, cansaço);
  • Comentários de desesperança, culpa ou vontade de desistir;
  • Comportamentos de risco ou automutilação.

Quando estes sinais persistem por mais de duas semanas, é importante procurar ajuda.

Quando e como procurar apoio profissional

Se um jovem mostra sinais de sofrimento psicológico, procure ajuda especializada — psicologia ou psiquiatria — o mais cedo possível.
Os beneficiários da ADSE podem recorrer a estes cuidados através de dois regimes:

  • Regime convencionado: consultas com psicólogos e psiquiatras dentro da rede ADSE, com comparticipação direta. Procure os profissionais dentro da rede na Pesquisa de Prestadores
  • Regime livre: possibilidade de escolher outros profissionais fora da rede, com posterior reembolso. Saiba qual o valor e documentos necessários das respetivas comparticipações, consultando o Simulador de Reembolsos.

Assim, a ADSE reforça o seu compromisso em promover o acesso à saúde mental, apoiando os beneficiários em todas as fases da vida — e, sobretudo, nas mais sensíveis.

Cuidar da saúde mental das crianças e adolescentes é cuidar do futuro de todos nós.
Atenção, escuta e empatia salvam vidas — e pedir ajuda é sempre o primeiro passo para recuperar o equilíbrio.


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