Viver com Dor Crónica

A dor crónica, definida como persistente ou recorrente por mais de 3 a 6 meses, deixa de ter fim biológico e torna-se uma condição clínica própria com impacto significativo na vida diária do doente . Em Portugal, estima-se que afete cerca de 36,7% da população adulta, com muitas pessoas apresentando dor moderada a grave e diminuída funcionalidade.

Estratégias para viver melhor com dor crónica

1. Avaliação e diagnóstico

A dor deve ser quantificada regularmente, utilizando escalas validadas, para orientar o plano terapêutico e intervenções adequadas 

2. Intervenções não farmacológicas

A combinação de métodos — fisioterapia, exercícios de reabilitação, terapias psicológicas, relaxamento e higiene de sono — é crucial para manter mobilidade e reduzir impacto emocional .

3. Tratamento farmacológico racional

Medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides ou analgésicos simples visam o alívio; em casos de dor neuropática ou intensa, podem ser utilizados analgésicos opioides de forma controlada, sob supervisão médica .

4. Acesso a Unidades de Dor Especializadas

Sempre que necessário, o encaminhamento para as Unidades Funcionais de Dor permite avaliação multidisciplinar e tratamentos personalizados..

5. Apoio psicossocial

A dor crónica está associada com insónias, ansiedade e depressão, devendo o apoio psicológico ser uma componente integrada do plano de cuidados 

Porque é que esta informação importa?

A dor crónica não é apenas um sintoma: é uma condição com impacto físico, mental e social. Pode comprometer o sono, as relações e a capacidade de trabalho, que por sua vez afeta a autoestima e a economia pessoal . Com uma abordagem informada, articulada com profissionais de saúde e acesso a recursos adequados, é possível controlar a dor e preservar a funcionalidade.

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